Foi com grande tristeza que no Sábado recebi a notícia da morte de José Megre.
Este Senhor é um pilar do automobilismo português, que eu apenas consigo encontrar paralelo em Alfredo César Torres (que infelizmente também nos abandonou prematuramente).
José Megre era por natureza um viajante. Ao contrário da maioria de nós que facilmente enumeramos os países onde já estivemos, ele há muito que contava pelos dedos das mãos aqueles que ainda não tinha visitado. Na realidade, faleceu com apenas 1 país soberano por visitar (Iraque), o que quer dizer que visitou e viajou por 193 países.
Foi o grande impulsionador do todo-o-terreno em Portugal, tendo o seu espírito de aventura levado-o a a participar no início da década de 80 no Paris -Dakar, usando para tal 3 dos saudosos UMM, tendo todos chegado ao fim.
Aqui fica um video recente, sobre o carro conduzido pelo José Megre, que depois de recuperado faz hoje parte do seu espólio.
Também no inicio da década de 80 criou o Clube Aventura, que foi responsável pela organização de diversos eventos TT.
Destacou-se a nível nacional e internacional pela qualidade das suas organizações, sejam elas passeios ou expedições TT a locais pouco cumuns, ou mesmo ao nível de provas internacionais de todo-o-terreno como as 24 Horas de TT (Fronteira), a Baja Portugal ou a Baja Portalegre (hoje Rali Transibérico).

O UMM referido na peça acima, ainda em Setembro de 2008 esteve exposto ao público, numa exposição que realizou numa propriedade familiar perto de Penamacor, onde juntou às viaturas que fazem parte do seu passado automobilístico (Datsun 1200, UMM, Nissan's Patrol, etc...) inúmeros objectos que foi aquirindo nos vários países que visitou, para além de brinquedos que foi coleccionando.
Para além do que refiro, muito haverá que contar sobre este Senhor do todo-o-terreno e do passeio-aventura. Certamente que nos próximos tempos terão lugar dignas homenagens a este homem a quem todos os apaixonados do TT tanto devem.
Um grande Bem Haja.
PJC

Na verdade não é bem um cabriolet, mas sim aquilo que em tempos alguém chamou de "canvas top". Na prática é um tecto de lona retractil, que recolhe até à base do vidro traseiro, que replica o modelo usado originalmente nos Fiat Nuova 500 que saíram no final da década de 50, modelos que hoje para além de raros são caros. Para quem não se lembra desses modelos, direi que ao nível do tecto é semelhante ao sistema do actual Citroên C3 Pluriel.
O carro continua muito bonito e depois de uma Vespa, é seguramente a melhor opção para andar em grande estilo na cidade e arredores.
Claro que será muito triste se esta marca desaparecer (algo que pode não chegar a acontecer) não só por todos os factores sociais envolvidos, mas porque é de facto um ícone das miniaturas à escala, sendo venerada por miudos e graúdos em todos os continentes.
Seria muito mais bonito que os comemorassem com uma grande festa, do que com uma falência...
Tive alguns modelos, que recebia ou no Aniversário ou no Natal (não é como agora que os putos recebem prendas por tudo e por nada, mesmo sem as merecerem) e porque sempre estimei os meus brinquedos, ainda hoje os tenho (algures) em razoável bom estado de conservação.
Obviamente que a maioria dos modelos que tive eram automóveis ou veículo "motorizados" em geral :D, pois felizmente quase toda a gente sabia bem do que eu gostava.
Os primeiros modelos que me chegaram às mãosnão se chamavam Playmobil, mas sim Famobil. Tanto quanto me lembro vinham de Espanha, pois creio que inicialmente não se vendiam em Portugal e do outro lado da fronteira adoptavam este nome.
Confesso que já à algum tempo tempo que a minha memória não passava por este meus brinquedos, mas aproveitei o facto para fazer um rápido "flashback". Por isso aqui ficam algumas fotos de modelos que tive (tenho) e outros contemporâneos que desejei ter.
Depois de ter sido lançado em 1999 (pois... já tem uns anitos), desde cedo este modelo impressionou quer pelo seu motor 2.0 atmosférico que debitava 240cv e que só chegava ao "redline" às 9.000rpm, já para não falar da beleza, qualidade dos seus interiores bem construidos, que aliavam requinte e simplicidade funcional.
Ao fim de dez anos, foram produzidos e vendidos mais de 110.000 carros, tendo o mercado europeu absorvido cerca de 20.000 veículos.Para terminar em grande, a Honda decidiu lançar uma versão final, que mecanicamente nada difere do modelo actual, simplesmente tem alguns retoques estéticos e que chamou de Ultimate Edition, sendo todos os modelos numerados.
Nesta versão pode-se escolher qualquer cor... desde que seja branco :-). Mas não é um branco qualquer, é o branco que foi usado no primeiro modelo de Formula 1 da marca em 1964. Ainda no exterior temos as novas jantes de 5 braços em liga leve escurecida (gosto mais das anteriores) e as letras S2000 em preto. No interior temos estofos em pele e carpetes em vermelho, de que não sou fã, mas que segue um pouco a tradição de cores usada nos modelos Type-R que vão buscar inspiração às cores da bandeira japonesa.
Em resumo, este magnifico modelo que é apreciado quer pelos seus proprietários, quer por aqueles que desejam vira a sê-lo, vai despedir-se em grande e certamente vai deixar muitas saudades. Quem o tem certamente ficará mais agarrado a ele pois é um carro que vai passar a ser cada vez mais exclusivo. Quem não o tem, mas sonha em tê-lo mesmo em 2ª mão, vão provavelmente vê-lo valorizar um pouco a partir deste momento (a menos que a crise se mantenha).
Só espero sinceramente que com esta onda de cortes de custos e investimentos, a Honda não deixe por muito tempo o lugar ocupado pelo S2000 vazio e que rapidamente faça chegar ao mercado outro modelo de excepção.
